“O preconceito é o analfabetismo da alma”. [Vinicius Kairalla]

Ao mesmo tempo em que me espanta me irrita bastante ver o preconceito burro que presenciamos diariamente. Em meio a tanto desenvolvimento, a facilidade e acessibilidade com que a informação e o conhecimento se propagam, me abisma pensar que alguém ainda pode se achar diferente ou melhor que outro devido à cor da sua pele, localização geográfica, opção sexual, cultura, religião ou até mesmo pelo estilo musical que aprecia. Cada vez mais estou convencida de que o conhecimento científico não imuniza as pessoas contra a burrice e ignorância. Acho que eu ainda encarava com inocência esses atos de preconceito, tamanha ingenuidade.

Não entendo!! Por que preconceito se somos todos diferentes? Será que a qualidade, o caráter e a índole de alguém se medem pela quantidade de melanina existente em sua pele? A melanina por acaso interfere na atuação dos neurônios? A bondade está na pele e não no coração? O estilo de música que eu ouço vai afetar sua vida?

Tatuagem, piercing, metaleiro, regueiro, funkeiro, emo, cabeludo, careca, nerd, gordo, magro,etc. Nada disso muda o caráter de ninguém, são apenas preferências, estilo. Que graça teria se todo mundo fosse igual? Ou se gostasse das mesmas coisas? O que tá em você é seu. Não é seu estilo que diz quem você é, são suas atitudes. Logo, o preconceito está na maldade dos olhos de quem vê.

Uma pena que ainda lidemos com isso. Cada vez tenho mais certeza que a quantidade de preconceito que cada um de nós tem é inversamente proporcional a de inteligência (Jefferson Luiz Maleski). Não crie preconceitos em relação às pessoas com as quais você se relaciona, deixe as coisas acontecerem naturalmente, assim você vai descobrir que conceitos pré concebidos são sempre equivocados (Cleyton Alen).

Apesar disso, nem tudo está perdido. Nada que algumas doses de cidadania, com porções generosas de amor, cuidado e pitadas de sabedoria não resolvam, além de amarmos o outro como a nós mesmos, sem restrições.

Laura Guimarães

‘‘Se todos dermos as mãos então quem sacará as armas?”
(Bob Marley)